quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Case-se comigo!

"Nós éramos jovens, mas eu acreditava que o tudo que sentíamos era maior que todas aquelas proibições. Conspirava aquele lugar a nosso favor: belos campos, repletos de árvores e paisagens magníficas. E era perto daquelas videiras em que eu o encontrava. Amor proibido, sincero, real... Eu o amava debaixo daquelas árvores e corríamos feito crianças por aqueles campos. Certo dia, nos encontramos exatamente no mesmo lugar, e ele disse: "Case-se comigo!"  Minha reação foi confusa, ao mesmo tempo em que eu desejava estar com ele, as proibições estabelecidas entre nós gritava-me o coração. "Fuja comigo, não haverá o que temer." - acrescentou ele. Era tão doce aqueles olhos, diferentes de todos que já tinha visto. Ele sorria-me como um adolescente com novas idéias e planos. Mas o que era todo resto diante de todo o amor que sentia? Eu aceitei, receosa, mas ele me pegou em seus braços e me beijou de uma maneira que eu nunca me esqueci. Aquele corpo quente junto ao meu, lábios de mel... Eu realmente o amava e o que mais queria, era ir embora dali, com ele, pra sempre [...]"   

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Inocência.

E quando olho pra trás, para tudo que já vivi e presenciei, eu sinto falta da minha inocência. Sim, a inocência não é a mesma de quando éramos crianças. Ela muda, e mesmo que presente, ela se transforma. Sinto saudades da época em que as pessoas não se importavam com o modo como me vestia; da época em que meninos eram apenas meninos, nada muito sentimental. Sinto falta de brincar entre as árvores, correr sem rumo, de cair e rir sem motivos. Sinto saudades da época em que eu acreditava que as pessoas eram boas, e só queriam o bem uma das outras. Pura inocência! Sinto falta de ser feliz sem motivo, falta de acreditar que tudo era benéfico e que as coisas eram simples. Mas, infelizmente, todos crescemos e perdemos essa tal crença que tínhamos e que tanto nos fazia bem. Porém, essa ingenuidade, que ainda não perdi, faz com que tudo que fui, prossiga. A inocência pura é o mistério dos sonhos, e como eu sinto falta [...]