terça-feira, 27 de abril de 2010

Tão singelo ...


É como algo que você não precisa e quer, que vem sem porquês e fica por escolhas, uma angústia que tanto aflige e um sorriso que depois, novamente, acalma. Talvez eu queira sentir isso, queira correr riscos, amar intensamente. Viver, ir atrás, não ser tão dura comigo mesma por decisões de outros ou por medos. Me entregar em sentimentos e carinhos, sorrisos, abraços, palavras tão simples e tão sinceras.  Agora, não somente quero, como preciso. Tão pouco tempo mas tanto carinho, tanta vontade de estar próxima. Acho que vivo com tamanha intesidade, que tal não cabe dentro de mim, dentro de expectativas e sonhos... Como se precisasse passá-la a frente, demonstrá-la, e principalmente, sentí-la.    Que necessidade singela e que sentimento mais delicado ...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sou um coração batendo no mundo!

É incrível a enorme facilidade de como nos decepcionamos com as pessoas.  Mas há uma probabilidade, mesmo que pequena, de estarmos completamente errados sobre julgamentos e críticas. Ás vezes, disfarçar defeitos pode ser um pouco perigoso. É necessário absorver novas idéias e sentir mais o outro lado. É inacreditável também a falta de criatividade, onde muitos agem de uma mesma maneira, dizendo mesmas coisas, aproveitando-se de alheios. É preciso de mentes mais receptivas, pessoas mais dignas, positividade, e quem sabe, um pouco de negligência, só para sair dessa rotina insuportável.  Posso ser uma pessoa prolixa, utilizando recursos desnecessários. Sou irritante, e nada interessante. Me machuco facilmente, e logo perdôo. Não esqueço, nunca, nada. Tento ser agradável, mesmo quando não desejo. Exalo opiniões, exalto erros, permaneço assim. Tenhos inúmeras fases e características. Apenas como todo ser humano,  sou algo único, com meus defeitos e qualidades.  Não tenho gosto em falar de datas comemorativas, de olhares superiores, mas sim, do que sinto, só isso. Gosto quando meus pensamentos fluem com apenas o intuito de que ao lerem, se sintam, como eu. Um ser, um tanto quanto insignificante diante de tantas coisas mais importantes, escrevendo, sentindo, vivendo. O que sou verdadeiramente é aquilo que minhas dificuldades, minhas 'limitações', proporcionaram. Assim como meus prós, meus bons atos, minha maneira de enxergar esse mundo tão inconsequente.  Talvez eu mesma não me entenda, e ajo como se pudesse entender. Quem sabe é isso que me torna um ser humano sufocado de sentimentos e palavras, embevecido por coisas pequenas, extasiado com tudo que vê ...

Sou um coração batendo no mundo!
Clarice Lispector