quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Melhor amiga, irmã de coração.

Mais fácil seria escrever se você estivesse aqui, mas agora você não está. Todas as lembranças, todo este amor, toda essa falta... Nada se explica. Lembrarei da gente aos 7 anos, brincando em piscinas de barro, se escondendo atrás de pedras e sendo picadas por abelhas. Lembrarei das nossas noites sem dormir, jogando baralho, ou apenas atormentando a minha avó. Ou também, das madrugadas frias em que nos aventuramos a pular na piscina, ou contar histórias de terror. Lembrarei das nossas brigas sempre acabadas com abraços e lágrimas, sem esquecer dos pedidos de desculpas prolongados.  Lembrarei dos nossos planos de fugas, dos planos de comprar um apartamento e morarmos juntas. Lembrarei dos nossos tombos e machucados feios, dos trabalhos escolares, daquela proteção eterna que só você tinha. Lembrarei das nossas festas juntas, e dos segredos que só você sabe, e aqueles que só eu sei também. Lembrarei daqueles seus momentos de histeria em que você só precisava de alguém para chingar. Lembrarei das nossas viagens e aventuras, daquelas vezes que ríamos sozinhas por motivos que só a gente sabe. Lembrarei das tardes em que não fazíamos nada, apenas ficávamos conversando sobre a vida. Lembrarei de todos as barras que enfrentamos juntas, em relação a tudo. Você sempre esteve comigo, e eu sempre estive com você, independentemente do que digam. Claro, não posso esquecer daquele seu senso de humor que difere de qualquer outro, e que ás vezes me bagunçava toda. E definitivamente, obrigada. Obrigada por tudo, por dividir praticamente 11 anos de sua vida comigo. E sim, a gente viveu exatamente todo esse tempo, bem perto uma da outra, sem pedir nada, a não ser essa amizade.  Somos metade uma da outra, sempre foi, e sempre vai ser assim. Agora você é meu anjo, e eu te peço proteção. Eu te amo além de qualquer coisa. 

domingo, 5 de dezembro de 2010

Geralmente.

Geralmente, temos a tendência em ressaltar apenas os lados negativos dos ''fins'' de nossa vida, o que geralmente, não deveria acontecer. Aquela famosa frase de que há males que vem para bem, é bastante significativa. Nem tudo que acontece é para nosso sofrimento, de forma exclusiva. Claro que não! Ás vezes as coisas acontecem apenas porque deveriam acontecer, e é simples assim. Criamos uma certa complexidade sob tudo isso, e acabamos nos machucando sozinhos. Com os fins, nós crescemos, aprendemos, damos valor para pessoas, sentimentos, ao passado [...] A maturidade se sobressai com o passar dos anos. Aprendemos a dar mais valor a razão que a emoção. Aprendemos que nem todas as pessoas são dispostas a ser o que realmente precisamos, e apenas o que devemos fazer, é aceitar. Novamente e geralmente, eu escrevo sobre as mesmas coisas, mas que provêm de acontecimentos distintos, demonstrando que tudo que aprendo com os fins e decepções, e até mesmo alegrias, são coisas comuns. Amadurecimento, olhar crítico, menos inocência, e me sinto de certa forma, bem. Ao mesmo tempo que cresço, continuo agindo da mesma forma, o que é totalmente contraditório. Queria mudar meu presente, o que seria possível se eu mudasse meu passado. Sobretudo, o tempo não volta, o que me faz pensar que tomei atitudes inconcretas. Indefinido, quem sabe até assim, esquecido [...]