terça-feira, 6 de julho de 2010

Por aquela simples janela ...


" Lá fora chovia novamente, o que tinha se tornado natural em todas as tardes daquela semana. Em seu quarto, uma janela de vidro insistia em mostrar uma natureza intocável, com folhas e flores cobertas pelas gotas d'água. E naquele mesmo quarto, sentada numa poltrona singela decorada de pequenas bolas coloridas, tentava escrever algo que tivesse sentido sobre suas férias, que se encerrava com aqueles dias frios.  Talvez ela não tivesse tanta vocação pra escrever sobre o que sabia, mas sim sobre o que esperava descobrir e entender. Talvez o lado que mais pendia em sua personalidade era simplesmente  o fato de explorar o desconhecido. E bastava. Ás vezes o desconhecido é mais interessante que qualquer outra coisa que você conheça a forma, o sentimento, o gosto, o sentido ... É tão bom fazer descobertas, sobre si, sobre o mundo, sobre as pessoas! Aquela sensação nunca antes imaginada, é tão... única. Poder imaginar algo sem ter nada para se basear pode ser assustador, mas é perfeito. E talvez fosse isso mesmo o que ela esperava: apenas ser diferente. Inovar, sem ser estática e regrada, e inventar qualquer coisa desconhecida. E ali, sentada em frente sua janela,  imaginou milhões de coisas, que eram tão grandiosas quanto tudo o que se podia ver por aquela simples janela..."

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