domingo, 15 de agosto de 2010



Tudo é tão relativo que aos poucos essa relatividade se torna constante e definitiva para qualquer aspecto de nossa vida. Esses padrões pré-estabelecidos de felicidade, de união, de eterno... Tão relativo que até me cansa. Julgar a felicidade em um estado que vai desde o contentamento ou satisfação até à alegria intensa ou júbilo é tão desprezível.  Definir felicidade, definir amor, definir tristeza, definir o sentimento de estar junto a algo ou alguém, é mais que desprezível, é insano. 

Nunca poderá ser definido o que é estar perto daquilo que se ama. Das palavras trocadas, dos abraços, dos toques, da proximidade de corpos ou intensidade de beijos. É bem mais que uma definição de dicionário, ou explicações de grandes psicólogos ou daqueles que se dizem especialistas em assuntos do tipo. Não! Definir esse sentimento de hoje, da vontade que aos poucos se une com a necessidade, da admiração que se funde com o amor, e depois, não se separa, como água e óleo. Se torna numa coisa só, até mesmo em um pequeno espaço de tempo, de momentos. Afinal, qual a definição de tempo? Em quanto tempo uma pessoa se torna uma parte do que você é? Em quanto tempo vivemos aquilo que somos? Qual é o tempo para isso? Qual é o tempo para amar? Para se unir? Para ser aquilo que você nunca encontrou em ninguém?

Pois é, não há definição para tempo, muito menos do qual é o necessário para se unir com o sentimento. A única coisa que ele é capaz de fazer, é causar a confusão do passado com o presente, mas nunca definir o que alguém é, e continuará sendo. O tempo pode ser definido em horas, minutos, mas isso nunca vai ser o bastante pra caracterizar ou explicar aquilo que precisamos para viver.

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