domingo, 29 de agosto de 2010

Nada muito importante.

Depois de poucos minutos, olhando diretamente para essa caixa de texto, tento passar os meus sentimentos de agora para o limite que encaro. Sei lá, talvez o fato de eu escrever tudo o que sinto não agrada quem vem convivendo comigo há dias, meses, e até mesmo há anos. E é tudo o que sei falar, dos benditos (ou malditos) sentimentos, da necessidade de expressar tudo o que passo horas sozinha imaginando. É como se eu me livrasse de alguma coisa que não sei o que é, como se me aliviasse as dúvidas, fazendo com que minhas palavras sejam boas para outros que consequentemente sentem a mesma coisa. Como um círculo vital, onde todos se encaixam na mesma situação. E o que eu acabo escrevendo certas vezes toma rumos diferentes, acolhem de formas diversas, e gosto disso. As formas difíceis de expressão sempre me agradaram muito, até porque eu não me vejo como uma pessoa fácil de se entender, de conviver e dividir idéias. Meus princípios acabam falando mais alto, me tornando egoísta à outros olhares, e passo despercebida por minha inutilidade de falar tudo que me parece correto. Despercebida sim, pois poucos se importam com meus mínimos detalhes, com minhas convicções. Sou tão reativa, que a proatividade de alheios me surge como um medo da qual prefiro fugir. Gosto de viver no meu mundinho de sonhos, de planos, de amor eterno, onde tudo isso para outros, é uma página de um livro velho,  ignorada, como se nada disso fizesse sentido, ou até mesmo, nada muito importante.


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